quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ondas

E todos os sentimentos voltam...
Tudo volta e me acerta em cheio, como se eu fosse o alvo principal de uma caçada.
Por quê? Por que hoje? - Eu perguntei.
Ele nunca soube me responder... Porque depois disso, todas as noites foram iguais. Igualmente vazias.
Por dias me perguntei, para nenhuma dessas perguntas achei a resposta.
Bomba, tudo volta, tudo vai.
E aí acaba. Mas será que algo realmente acaba?
Fechar os olhos é acabar para um novo começo.
Ou melhor, apenas um re-começo, que, na verdade, não tem nada de novo.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mais um curta.




Esse daqui, eu recomendo.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Transpondo o tédio?

Algo estranho tem acontecido.
Nada me apetece mais. Já não gosto de mais nada daquilo que gostava, nem das pessoas que me cercam.
Parecem todas frias com seus próprios problemas e isso me deixa doente de nojo... Pessoas cegas e inexatas que vagueiam por aí sem saber para onde vão.
Tudo me cansa. Tudo e todos.
Já não gosto nem de esperar, esperar para ver o que vai acontecer. Isso já não é mais uma opção, porque nada acontece, jamais.
Ouvir coisas de sempre já não me apetece mais, também. Tenho que mudar meu repertório, para algo tão inesperado que todos irão ficar boquiabertos (mas... Desde quando liguei para o que os outros acham?)
Creio que seja algo momentâneo... Totalmente passageiro. Vou dormir e deixar passar.
Mas tenho que aguentar até lá. Essa inexatidão do que eu acho, sinto... Só sei que nada me parece bom. Na verdade, nada me parece nada.
Queria mesmo era ficar sozinho, bem longe de tudo o que conheço. Só para ver o que vai acontecer.
Mas novamente... Nada acontece, jamais.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Lista.

Sempre aprendi de pequeno que devemos escrever nossas resoluções para o ano seguinte quando um ano se acabava.
Nunca o fiz. No início não o fazia por simples preguiça, mas ultimamente foi por pensar "Eu não vou seguir a lista, e no final do ano vou me sentir deprimido por não ter feito nada daquilo que eu queria". Ou coisas do tipo "Eu sei o que eu quero, não preciso de uma lista".
Talvez nunca daria certo para mim porque eu realmente nunca fiz uma. Quem sabe esse ano eu faça, para pelo menos ter um pouco mais de organização, ter tudo ali, pronto, é só fazer. Na ordem que eu escolher.
Ou se deve pré-determinar uma ordem antes do ano acabar?
Fico confuso com essas coisas. Existem tantas regras que mal sei qual seguir.
Mas voltando à lista. O que colocaria nela?
Provavelmente coisas como: "Se apaixonar, estudar muito, ler X livros..."
Sempre me falta a criatividade para coisas do tipo. Difícil para alguém que mal sabe o que quer...
Não sei o que me houve hoje... Acordei sem vida para nada, acho que vou dormir, e quando acordar vou colocar na lista para o ano que vem: "Arranjar mais vida, pois você é morto por demais".

Sobre o nada.

Já nem me lembrava de como gostava de escrever.
Mal sei escrever, quanto menos expressar meus sentimentos.
Na verdade, são poucas as pessoas que sabem exatamente o que sentem, e as que sabem o que sentem, não sabem encontrar as palavras certas para escrever.
Este post não mais um daqueles melancólicos, ou cheios de sentimentos confusos, frases e metáforas. Estou escrevendo isso simplesmente pelo fato de está-lo fazendo. Como um dever à escrita.
Mal sei o que quero da mi nha vida. Ainda não consegui me decidir quem sou, muito menos o que quero, e sinto que ninguém consegue. (Mas sugestões sempre são me dadas quanto a isso. Gostaria de avisar a todos que eu dificilmente encontro alguma que me seja útil. Me desculpe, mas é simplesmente a verdade).
Ainda não achei exatamente o conteúdo desse texto. Ele não tem começo meio e fim como muitos outros que já escrevi. Ele é simplesmente diferente. É estranho não tentar escrever tentando transpor sentimentos gritos e coisas que nem me pertencem. Estou simplesmente deixando minha mão escrever tudo o que penso.
Penso, por exemplo, que fui incomodado pelo telefone já no montante de duas vezes enquanto escrevo.
Penso, também, que a luz do quarto está apagada porque tive muita preguiça de pegar uma escada e trocar a lâmpada, e estou escrevendo no escuro (e demorei para me acostumar a não olhar para o teclado totalmente, o que é irônico, porque mesmo com a luz acesa eu o olho, afinal muitas das letras já estão apagadas pelo excesso de uso).
Penso, também, que não penso em nada. Nada que seja importante o bastante para escrever num texto mais formal.
Mas como este não se trata de um, posso lhes dizer que tenho sono, e que mal dormi esta noite, por ficar com calor demais.
Estranho... Esse ser o texto que me sinto menos inspirado para escrever de todos, e ser um dos maiores que já fiz. Será que é porque o supérfluo é sempre maior que o erudito?
Mas o que escrevo geralmente é erudito?
Bom, pelo menos tem uma linguagem melhor empregada e um assunto bem melhor... Ou será que não? Ou será que todos os meus textos são iguais a este? Sem vida, sem vontade. Totalmente cru. Ninguém o quer devorar - e realmente ninguém o devora...- Talvez seja isso. Sou um escritor de uma nota só.
Mas se isso me incomodasse eu apagaria este texto inteiro e não o publicaria, para que não soubessem do meu segredo.





Depois da tentação de apagá-lo, eu simplesmente decidi que ele não vai me influenciar em nada, já que nasceu do nada. Esse texto é um filho sem pais, quase que criado cientificamente. Não me incomodo com o que ele diz contra mim.

Fim do texto? Mas teve início?
Que decepção.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O fim da história.

E eu poderia mentir pra você dizendo que ele correu atrás de seus sonhos e os alcançou com o esforço.
Que tudo no final valeu a pena, assim como vale a pena para todos.
O final de história é sempre o pedaço em que todos esperam que tudo dê certo, ou que nada de certo por completo.
Mas este caso eu devo lhe dizer, nem a morte teria sido tão trágica. Ele sobreviveu, apesar de ninguém tê-lo percebido depois disso.
Nunca mais.
Esta história não tem fim, porque, afinal, nenhuma história o tem.

A/C: Mundo
De: O Apático.

Perguntas Ocultas, respostas mais ocultas.

...Sempre tive de viver sozinho.
Aprendi sozinho o que é sentir, reprimir, e ter vontade.
Tudo junto?
Tudo junto.
Mas e quando você vai parar de tentar?
Já nem sei mais. Não sei nem se cheguei a tentar algum dia, mas creio que já parei há tempos. Antes mesmo de tudo começar.
Mas quando você vai reparar que não há o que ou quem abandonar?
Sei que posso abandonar somente uma pessoa, e uma coisa. Mas talvez já os tenha abandonado e mal percebi. Os procurarei daqui semanas e lhe direi se os abandonei ou não.
E quando foi que você percebeu que não há jeito de viver?
Não sei quando, não sei como. Só sei que foi. Acordei e vi. Acordei e me lembrei de algo que não estava antes na minha mente, como num sonho, me entende? Mas nunca o havia sonhado, ou melhor... Nunca cheguei a sonhá-lo.
Foi tudo um sonho?
Não sei... Não sei... Só sei que foi real o bastante para me fazer viver assim... Sozinho.
Uma escolha? Ou você acha que não há jeito?
Ora... agora terei de te dar mais de uma alternativa como resposta... Nunca me houve jeito, simplesmente assim. Logo, optei pelo mais óbvio. Vivi sozinho, e viverei para sempre assim.
És imortal para dizeres assim?
Já procurei pela imortalidade, e já me maravilhei com a possibilidade dela, mas não... não o sou. Creio que se vivesse mais um segundo, acabaria enlouquecendo. É melhor deixar assim, desse jeito, até o fim.
Sabes o que dizes?
Nunca soube. Mas creio que entendo tudo o que já disse, os outros é que não me entendem. Nunca fui compreendido por terceiros.
E por segundos?
Os segundos são aqueles que mais me castigaram. Não ligo de abandoná-los.
Cansa-se da vida?
Todas a vezes.
E do mundo?
Jamais me cansei de algo mais do que me canso dele. Não sei se há salvação, mas sei que ela ainda não foi encontrada.
Você faz diferença?
Não creio que alguém acabe fazendo, no final das contas. Mas se fosse para alguém fazê-la, não seria eu, muito provavelmente...

Amor Cru

Curta que eu achei muito digno. Retrata a história muito bem, e tem um final um tanto inesperado (pelo menos pra mim). Me chamou a atenção, e me deixou um tanto triste, MAS, o que não nos deixa triste nos últimos tempos, certo?


sábado, 15 de outubro de 2011

Não sei do que... Só sei que sou.


Não que eu espere que você acredite, muito menos que se importe.
Essa história não pede corpo, nem presença, nem presente. O passado é o que a forma, e a minha presença já lhe é dispensável.
Começo lhe dizendo o indispensável (porém, a parte que sei que não vai acreditar). Tudo bem. Entenda como uma metáfora, se quiser.
Eu sou um anjo.
Isso. Um anjo. Nunca conheci a juventude, meus discos de crescimento não existem, e eu nunca conheci todos os pecados. Somente de vista. Não me lembro de como fui criado, nem quando (mas não se preocupe... Não me faltará memória para relatar os fatos)
Mas, por favor, não idealize os anjos. Os que se encontram na Terra estão aqui por algum motivo, e não devem ser idealizados. Na verdade, nenhum anjo deveria. Porque bem sei que eu não fui o único a pecar e cair aqui, e bem sei que não fui o único a amar o que não deveria ser amado.
Se estou falando do ser das profundezas? Não, eu não o amo, nem nunca me voltaria à ele. Na verdade, às vezes me pergunto se “ele” existe. Mas isso não é importante para o meu relato de fatos.
Nem o motivo a que caí importa, mas mesmo assim, vou lhe dar um resumo.
Fui encarregado de observar por alguns dias o modo como algumas famílias se portavam, como as pessoas daqui da Terra andavam, comiam, falavam, brincavam e brigavam. Fui proibido de toda e qualquer intervenção.
Chegando ao solo, tudo o que vi foi guerra. A mais pura e brutal das guerras. Pessoas correndo, pedindo socorro, armas, fogo, tudo o que eu não esperava ver. Nunca tinha vindo à Terra, mas a imaginava de modo bem diferente, afinal, ao longe não parecia ser tão vermelha assim.
Observei os mortos caindo aos meus pés. Cada vez mais um. Até que vi um bebê jogado à frente de uma porta (de uma casa que estava prestes a cair). Não me contive. Corri o mais rápido que pude, afaguei o bebê nos meus braços e o protegi. O protegi de tudo.
Como que numa simulação, tudo se dissolveu à minha volta, quando me dei por conta, eu estava em frente aos meus superiores, com o bebê nas mãos.
Eles me lembraram que eu não deveria ter interferido em nada. Especialmente na vida de um ser humano. Porém, depois de muita discussão, decidiram que eu deveria ir à Terra, e ficar com a criança até que crescesse e pudesse se proteger sozinha, como punição. Eu não veria minha casa por mais alguns anos.
Outra parte da punição é que eu não poderia me revelar para a criança. Nem como anjo, nem como tutor. Deveria cuidar dela em total anonimato.
E foi o que fiz. Observei Clarisse sempre de longe. Às vezes me aproximava, porém sempre de modo que ela não reparasse. Ela nunca viu que sempre que ia cair era eu que a afagava, sempre que chorava, eu é que aparecia e sorria para ela, para que parasse de chorar. Muito menos percebia que eu é que a amei.
Clarisse completou 16 anos. Mais ou menos a idade que eu aparentava ter, mesmo com mais de séculos de idade. Nesse dia, eu percebi que a amava. Não como um pai ama uma filha (afinal, eu não era seu pai), não como um tutor ama seu aluno (afinal, eu também não era seu tutor), e nem como um anjo ama seu protegido. Eu a amava como se deveria amar, eu tinha o amor ideal por ela, um amor real. Como se a presença e existência dela fossem meu motivo de estar ali (e eram).
Nesse momento é que me senti caindo. Literalmente. Meus laços com os céus foram cortados totalmente, e minhas asas já não me levariam para lá. Não recebi mais nenhum sinal, apenas sabia: Para lá, eu não retornaria mais.
Se me tornei humano? Não... Provavelmente não. Pelo menos, não me sinto humano até hoje.
Como sabia que já não havia mais jeito, resolvi me aproximar de Clarisse. Comecei a freqüentar a mesma escola que ela, e a conversar cada vez mais com a própria.
-Seu rosto me lembra alguém com quem eu sonhava há anos... Será que algum familiar seu conhece minha mãe? Ou já nos vimos antes?
-Creio eu que não. Acho que é impressão sua. Meu rosto é bem comum – Eu lhe disse, corando.
Divertíamos-nos muito, e eu sempre a amando, e cuidando bem. Assim como se deveria cuidar. Eu, como um anjo, sabia amar. Ah, como sabia.
Não é querendo me gabar, mas amar é uma coisa que eu realmente sabia fazer (já que foi por isso que me expulsaram, que seja essa minha maior qualidade), não sou como os seres humanos, que dizem que amam, e segundos após já nem se lembram mais da pessoa. Não sou como aqueles que se esquecem do próprio sentimento do amor, ou aqueles que jogam fora essa palavra, como outra qualquer.
Um sorriso dela me valia a vida e a morte. Já nem mais me lembrava do meu antigo lar, e não mais me importava.
Um dia, um garoto se aproximou. Não tive ciúmes. Muito pelo contrário, cheguei muito perto de amá-lo como a amava. Eu via como andava, como me olhava e como a olhava, como olhava a todos. Era apaixonante de se ver, era simplesmente lindo.
Por favor, não pensem que estou falando da forma física do ser. Isso não me importa (se te importa, ele não tinha tantos atributos físicos quanto a garota, mas sim, era bonito). O que me importava é que ele conseguia me prender a atenção, quase tanto quanto Clarisse.
Ter os dois por perto era minha maior alegria. Éramos três grandes amigos. Eu me sentia feliz de conseguir deixar os dois felizes. E às vezes sentia que a recíproca era verdadeira.
Claro que minha vida não chegava a se resumir nesses dois seres. O meu amor se resumia, mas a vida não. Eu interagia com muitas outras pessoas. Ri muito com muitos, brinquei, e experimentei como deveria ser um ser humano. Sinto que cheguei perto de me sentir como um.
Algumas vezes, tinha a impressão de que Clarisse não estava mais lá (se é que me entende. Se não me entende, não posso fazer nada). Ela me via, falava comigo, e ainda era a mesma. Mas era como se estivesse esquecendo quem eu sou.
Enrubesço com minha injustiça, hoje, afinal ela nunca soube quem eu sou. Não tenho como cobrar uma coisa dessas dela.
Mas algo nela começou a me incomodar. Não a ponto de eu não gostar dela, mas a ponto de odiá-la (não pense você que o ódio é oposto ao amor. Não, o ódio e o amor são sentimentos similares). Eu cheguei a odiá-la por dias, por ela não me reconhecer mais. Por ela não se deleitar dos meus atributos.
Logo percebi que o garoto também se sentia incomodado com a mesma coisa. Porém não da mesma forma, provavelmente. Estávamos os dois pensando no que acontecera com Clarisse.
Eu sempre tive muitos nervos e uma boa pitada de coragem, e ainda nos planos celestiais, prometi a mim mesmo que nunca iria guardar dúvidas e emoções. Logo, eu conversei com ela antes de Pedro (na verdade, hoje sei que ele nunca falou com ela sobre isso, só quando ela a procurou, mas essas palavras serão explicadas mais para frente).
Conversei na minha linguagem, que me parece simples, mas descobri não ser. Ela não entendia meus sinais (ou não queria entender). Parecia que eu estava falando numa linguagem oculta. Qual seria? Mal sei.
Minhas palavras parecem difíceis para aqueles que nunca viveram o que vivi. Para aqueles que, na verdade, não se importam.
Só soube da notícia quando já era tarde demais. Tudo ficou escuro demais, eu não soube dizer o que era. Não sabia se devia acreditar no que ouvi. Mas quando vi, descobri que talvez não devesse acreditar nos meus olhos também.
Apesar de ter ido atrás dela, descobri que Pedro também fora, ou ela fora, ou ambos foram. Já não me importa mais.
Ver os dois juntos daquele jeito me deixou em estado alarmante. Não sei lhe explicar o que senti. Não foi ódio, não foi amor, não foi nada. Foi como se eu só quisesse voltar para casa. Só queria voltar para casa.
Com o passar das horas, a dor amenizou. Foi tudo mais rápido do que esperei que fosse. Tudo mais natural do que jamais achei que seria. A dor passara. Eu passara, tudo passara.
Nunca tive medo de morrer, afinal nunca tive que me importar com isso. Mas isso, porque nunca achei que morreria.
Após a minha morte sonolenta, acordei e voltei a viver como antes. Tudo era como antes. Só que tudo estava diferente.
Não sou como os seres humanos, que dizem que amam, e segundos após já nem se lembram mais da pessoa. Não sou como aqueles que se esquecem do próprio sentimento do amor, ou aqueles que jogam fora essa palavra, como outra qualquer. Eu sou como aquele anjo que ama como ninguém jamais amou. Aquele anjo que cuidou, que sempre esteve ali. Aquele que foi atrás, lutou... Mas no final se cansou, ao ver que nunca seria compreendido.
Cansou por ver que tudo foi em vão. Cansou-se por descobrir que não era amor. Que foi tudo uma farsa que havia criado para si próprio.
Espero até hoje o meu convite de volta para casa.
Não que você tenha me pedido para ouvir essa história. Não que você queira que eu compartilhe com você meus sentimentos, sofrimentos e saudades. Mas a verdade é que já não me importo mais.
Sinto muito.
Umabel.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A Vulnerabilidade da Felicidade

E Deus disse: Que haja a guerra. E houve.
Tudo nasce de uma série de coisas e questões inquestionáveis, e ao mesmo tempo diminutas no tamanho, por falta ou excesso de informações.
Tudo nasce de um pequeno descuido, e então se faz a luz.
Em meio de toda a guerra, houve a felicidade. Houve a luz. Porém, essa luz era muito distante, e parecia poder se apagar a qualquer instante, com qualquer movimento. Como uma chama fraca de um candelabro, que se apaga com um simples movimento ao seu redor.
-Devemos manter a chama da felicidade acesa. - Disseram todos. Pensaram todos, tentaram todos...
Tentativas em vão. Pra quê tentar, então?
A felicidade logo se apagou, todos logo se perderam nas trevas da guerra. Já ninguém mais sabia para onde atirar.
O desespero tomou conta do íntimo de cada um. Cada um no seu individual, precisando do outro, e encontrando o nada quando olhavam para os lados. Não... não tem ninguém lá.
Houve uma luz. Mas nós arranjamos um jeito de apagá-la.
Houve a felicidade, mas a gastamos da pior maneira. Sem usufruirmos.

E Deus disse: Que haja indiferença. E houve.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A Fênix

Hoje senti uma nova sensação...
A sensação de morrer... Sim... morrer...
Senti morrer uma parte de mim. Não sei exatamente qual, nem sei te dizer por quê.
Só sei que hoje vi o mundo de olhos diferentes. Como se tivesse aprendido a amar aqueles que nunca amei, e desaprendido a amar aqueles que sempre achei ter amado.
Não... não pense que eu simplesmente me deixei morrer por qualquer coisa, e sem voltas e sem esperanças.
Talvez essa morte tenha vindo para o melhor. Me sinto renovado. Uma pessoa totalmente nova, como renascido das cinzas do meu passado.
Sinto que não consigo mais sentir o que sentia antes. E sinto muito dizer que não tenho mais dó de você, nem de você, nem de você.
E também que não sinto mais aquela paixão que me ardia no peito por você, nem por você, nem por você...
Só sei que mudei. Não sei como, nem para o que, mas mudei.
Não quero causar um impacto na sua mente, te fazendo pensar que não deveria mais compartilhar ares comigo, só estou dizendo que estou diferente, e isso é explícito. Pelo menos por hoje... Quem sabe um dia voltarei a ser o que era...
Sinto saudade de quando eu nunca tinha mudado. Isso faz tanto tempo, que eu nem lembro mais como faz pra ser criança.
Talvez essas palavras não façam tantos sentidos para você... Ou talvez façam.
Não escrevo para ser ouvido. Escrevo como desabafo. Um único modo de me defender da insanidade - que se prova cada vez mais forte e mais próxima - E mesmo assim, depois de tudo: Me sinto muito longe, vulnerável e sombrio. Como se o beijo da morte tivesse me levado tudo aquilo pelo que vivia antes, e me deixado aqui na Terra sem um motivo, uma causa para viver.
Suicídio não parece a saída - nem me atreveria - porém, a vida também não parece mais ter tanta importância quanto parecia ter há anos.
Viver é viver...
Amar é existir - Mesmo perante a minha muito mais que explícita e comentada descrença no amor - Ainda tenho a esperança de um dia conhecê-lo. Nem que por segundos.
No final das contas, eu ainda te sinto aqui no meu peito, mesmo que distante, sinto. Mesmo que pareça que essa distância foi o que trouxe esse grande vazio que existe em meu corpo, em minha mente, em meu ser. Impregnado em mim, existe o nada, o tudo e o que ainda vai ser.






























































































Que ninguém ouça esse grito de desespero, senão pode ficar surdo.

terça-feira, 12 de julho de 2011

E lá vou eu...

Lá estava eu... novamente, olhando para o nada. Pensando extremamente e somente em você...
A única coisa que tem me movido. Pensar em você tem sido minha droga pessoal... Não sei nem explicar como foi, nem mesmo por quê.
Eu tenho medo... como todos têm. Mas o problema é que tenho a impressão que eu sou o único que não sabe lidar com esse medo. Falta de experiência? Muito provavelmente...
Ou talvez seja o número elevado de más experiências... tenho que pensar.
Mesmo com medo... eu vou lutar... Lutar por aquilo que eu quero, mesmo que pareça quase impossível...
E lá vou eu... E lá vou eu...

domingo, 3 de julho de 2011

O meu maior medo

O meu maior medo sempre foi abrir os olhos... De acordar...
De repente acordar e começar tudo de novo, mas tudo diferente.
Acordar e ver que nada do que vivi até agora foi verdade, que tudo não passou de um longo e lindo sonho.
Este sempre foi o meu maior medo... Desde pequeno tinha medo de ir dormir e acordar sendo outro...
As pessoas mudam de um dia pro outro, não mudam? Acho que é disso que eu tenho medo... mudar...
Claro que eu já mudei. Não me sinto o mesmo, e ao mesmo tempo continuo o sendo...
A vida é mais enigmática do que eu esperava que fosse...
Se eu pelo menos tivesse ouvido as pessoas que me diziam para aproveitar enquanto é tempo... O tempo talvez não tivesse me castigado.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Olha... você não precisa aceitar se não quiser... É só falar que rejeita, e eu também rejeito. É tudo como você quiser.
Será que você ainda não percebeu que é sempre assim, e por mim, sempre será?
Eu sei que você me entende, você só se faz de tolo, mas sei que me entende, melhor que qualquer outra pessoa!
Se você quisesse, eu seria até outra pessoa... Me perderia no tempo e espaço, era só pedir.
Mas você mal olha... você mal liga... você nem repara...
Pois é... e eu? Para onde vou?

sábado, 18 de junho de 2011

Mais músicas...

Pois é... as músicas que mais caracterizam essa época da minha vida (os ultimos meses, pelo menos)....

Taking Over Me - Evanescence

You don't remember me but I remember you

I lie awake and try so hard not to think of you
But who can decide what they dream?
And dream I do...

I believe in you
I'll give up everything just to find you
I have to be with you to live to breathe
You're taking over me

Have you forgotten all I know
And all we had?
You saw me mourning my love for you
And touched my hand
I knew you loved me then

I believe in you
I'll give up everything just to find you
I have to be with you to live to breathe
you're taking over me

I look in the mirror and see your face
If i look deep enough
So many things inside that are just like you are taking over
I believe in you
I'll give up everything just to find you
I have to be with you to live to breathe
You're taking over me



Tha Last Song I'm Wasting On You - Evanescence

Sparkling Gray,
They're my own veins

Any more than a whisper
Any sudden movement of my heart
And I know, I know I'll have to watch them pass away

Just get through this day

Give up your way, you could be anything,
Give up my way, and lose myself, not today
That's too much guilt to pay

Sickened in the sun
You dare tell me you love me
But you held me down and screamed you wanted me to die
Honey you know, you know I'd never hurt you that way.

You're just so pretty in your pain.

Give up my way, and I could be anything
I'll make my own way
Without your senseless hate...

So run, run, run
And hate me, if it feels good
I can't hear your screams anymore

You lied to me
But I'm older now
And I'm not buying baby

Demanding my response
Don't bother breaking the door down
I found my way out

And you'll never hurt me again.






domingo, 5 de junho de 2011

Sem Você...

Quando você me olha sorrindo,
Quando você me fala de amor,
Quando estamos juntos, amando... amando...
Quando tentamos nos separar,
Quando a vida só dá de azar,
Quando nosso amor fica esperando,
Você me acalma todo o medo que tenho,
Você sabe exatamente o que dizer, quando dizer...
Você me conhece do começo ao fim,
E sei que sempre vai gostar de mim.
Você se importa e eu também,
Nosso amor se torna tão real...
Tão real que eu quase acredito.
Tão real que quando acaba, eu sinto falta.
Tanta falta, que me consome,
Consome de dentro pra fora e de fora pra dentro.
Não sei o que devo dizer, nem o momento,
Sem você eu perco todo o meu mundo,
Não tenho mais nenhuma orientação.
Não sei por que lutar, nem mesmo qual luta é a minha.
Sem você nada faz sentido,
E é tudo o que tenho vivido na minha vida sem você...
Simplesmente sem você...


Amor?!

Não posso te esquecer... Não porque não quero, mas porque não consigo...
Meu rosto apontado para o chão e meu cabelo cobrindo meus olhos, para evitar que te vejam.
Mas eu vejo, eu sempre te vejo, em qualquer lugar, em qualquer momento. Você me persegue, com seu olhar de incontentada tristeza e desprezo.
Desprezo por tudo. Por mim, por aquilo que sinto. Você simplesmente despreza.
E eu sempre te vendo, te olhando.
Mas não é sua culpa. A culpa na verdade é minha, eu é que não sei amar. Eu é quem só tenta e nem tenta, mas tenta tentar e falha.
Fico esperando a cada momento para ver se reflite minha imagem e você, mas não. Seus olhos procuram por outra imagem. Sempre outra imagem.
Eu tenho medo de continuar nestas linhas, medo de continuar amando sem amar. Amando sem saber e sem querer.
Foi sem querer... Eu só amei, não sei porquê, mas sei que amei.

sábado, 7 de maio de 2011

"O Estranho Familiar"

Peça Inspirada no Livro "O Espelho" de Guimarães Rosa.
O drama retrata a obstinação de um homem em busca de sua identidade.
Muito recomendado! Assisti e me emocionei a peça inteira! A intenção com certeza foi passada.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Conformação.

Há sempre um momento que você tem que acordar, olhar para o lado, e perceber que o sonho foi muito mais longo do que você esperava. Que talvez você nem percebesse que ele existia, e enfim acabou.
Mas sabe o mais estranho? Não senti falta dele (talvez pela ignorância de sua existência, até o momento que acabou... Não se preocupe se você não entendeu... Eu também não sei se entendo). Só posso dizer que é muito estranho você ter um sentimento tão escondido, que nem você sabia que estava lá, nem você sabia que era possível...
Mas era... e por uma fração de segundos ele foi quase alcançável. Mas você deixou passar... Você não disse nada, você foi fraco e ficou somente olhando... Olhando e se admirando como tudo aquilo pôde acontecer, ou não acontecer... Incrível, não?
E quando tudo isso acaba, é como se você tivesse acordado de um longo sono... Daqueles que você chega a esquecer que estava dormindo, mas que mesmo assim, não lhe faz tanta falta quando ele termina. É só mais uma memória. Só mais um momento que houve, ou não houve em sua vida.
Nem sei por que escrevo tudo isso. Talvez só palavras que eu tenho que desabafar... Desabafar ao invisível, àquele que está sempre ao meu lado e sempre me dá a devida atenção. Ou simplesmente parar ter algo "registrado" dos meus momentos mais filosóficos, ou os que me sinto mais fraco, frágil, perdido e ao mesmo tempo ali. Eu sempre estive ali, e mal sabia.
Prazer, mundo. Até logo.

sábado, 30 de abril de 2011

Eu Canto...

Eu canto porque não canso. Eu canto porque quero...
Eu canto alto, canto muito, canto pouco, canto sempre!
Canto porque tenho direito de cantar. Canto porque minha voz me permite.
Canto bem, canto mal. Acerto e desafino.
Persisto e desisto toda vez que posso.
Canto porque o mundo me pede, ou porque pedem para silenciar-me.
Canto porque é isso que sei fazer. Talvez só isso, mas sei dizer que canto, e canto... e canto.... e canto....

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Dancem Macacos, Dancem



Mais uma mensagem pra sociedade ;)

Curta - Eu Não Quero Voltar Sozinho



Simplesmente perfeito, o vídeo. Ótima mensagem, ótima dramaturgia, e muito bons atores, também! É só uma pena que é tão curto, eu queria muito saber a continuação.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Entrevista com o Vampiro

"... aqueles momentos que, em sua intangibilidade, nos prometem, erradamente... erradamente uma imortalidade. Como se fosse o nosso próprio direito de nascer, do qual não conseguimos captar o sentido até chegarmos à meia-idade, quando temos à nossa frente o mesmo número de anos pelo qual já passamos e que já ficaram para trás. Quando cada momento deveria ser o primeiro vivido e assim apreciado." - Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice. Página 44.