domingo, 18 de novembro de 2012

Todas as Promessas. Esqueçam delas.

-E todos prometeram a mesma coisa.
-Alguém cumpriu o prometido?
-Mas é claro que não. Senão não estaria aqui... Não haveria sentido nisso tudo.
-Verdade, você tem razão. Mas me diga, o que exatamente te prometeram?
-Uma vida, uma escolha, um amor, um momento de alegria e alguns de tristeza (até porque, afinal, ninguém pode viver feliz para sempre), um beijo e um aperto de mão.
-Ora, meu filho. Você realmente achou que alguém poderia cumprir essas promessas? São extensas, complicadas e impossíveis. Da próxima vez peça por uma noite, um prazer, uma morte e a ausência... Estes são presentes muito mais fáceis de se entregar. Muitos te entregariam até na mesma hora.
-Mas o que posso fazer se não quero isso?
-Não pode fazer nada. Já não deu pra perceber que nada é como te contaram que seria? Absolutamente nada é como todos esperam. Agora vamos, vou te entregar tudo o que você quer (porém de um modo tão superficial que você vai desejar não ter vindo aqui).

domingo, 28 de outubro de 2012

Não me obrigue, porque não vou.

Não me faça dizer mais nada, por favor. Não quero mais.
Não vou mais andar, dizer, comer, me defender, e não quero mais dizer por que também!
Se perguntarem, diga que cansei. Cansei de tudo o que me apetece e de tudo o que me cerca. Cansei até mesmo do direito à palavra.
Cansei da busca, e principalmente da espera. Espera por algo melhor. Todos me dizem para ter paciência, mas quem na verdade a tem? Com quem posso aprender tudo na vida?
Quando vou saber que estou pronto? Quando vou saber que me amam?
Não dá pra prorrogar? Então, que tal antecipar? Não? Teremos de fazer tudo do jeito que é?
É claro que não... nada é do jeito que é.
Me prometeram me ensinar a chorar... Ninguém cumpriu. Não vou mais esperar. Vou chorar sozinho, e dessa vez não quero ajuda.
Não quero motivos, e não quero desculpas. Não me venha com palavras porque elas, obviamente, não estão fazendo muito sentido ultimamente. Não quero o que sempre quis, nem o que todos querem. Não me venha mais com o corpo e mente, eu quero é distância.
Não me venha com a voz nem a rouquidão. Não quero mais ouvir nada.
Não venha me convencer de que 1 e 1 são 2, porque não quero o que é racional, nem quero o irracional. Pensar não é o que quero.
Não quero ver seu balançar, nem ver seu lindo rosto. Jamais quis... foi só por diversão. Diversão tua de me ver sofrer, e de me fazer de criança. Agora espero que quem sofra seja você. Mas não te desejo nem metade do que passei, porque sua fraqueza não suportaria.
Vou deitar-me e esperar que tudo passe. Mesmo não querendo mais esperar, sou obrigado. Essa agonia que me toma conta não me deixa fazer nada mais, nem lutar contra tudo e todos.
Eu quero mais é parar.

domingo, 14 de outubro de 2012

Decepção de si mesmo.

E quando você diz que é o bastante, escuta outra voz dizendo que não... Nunca é o bastante, continue andando, continue buscando por algo totalmente diferente. Vá em frente, você ainda não conhece nem metade do que pode.
Mas até onde vale a pena andar e conhecer? Até onde pode-se dizer que está ganhando?
Ultrapassar limites só traz momentos pensativos, mas não dos bons, e sim daqueles que beiram o arrependimento.
Não cheguei ao arrependimento, mas estou bem próximo à decepção.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Solidão Genuína

Sentir-se sozinho não é um ato totalmente físico, e muito menos consumável. Por isso é algo tão difícil de se aceitar, e até mesmo de se identificar.
Não se pode dizer sozinho ao simples fato de andar sem alguém a sua volta, isso é estar sozinho fisicamente. Todos ficamos assim em algum momento do dia.
Ser sozinho é não ter alguém dentro de si próprio. Sentir a própria ausência. A ausência alheia é consequência.
Não se sabe mais para onde ir, mas não por não saber, por não existir o lugar de destino. A vontade já não te leva mais a nada, porque ela própria já abandonou seu corpo. 
P E R A M B U L A R para sobreviver. Sorrir para evitar explicações. Viver para evitar complicações.
Desistir por puro prazer. Não ter alguém à quem voltar, nem mesmo a sanidade para te guiar de volta.
Aos poucos a solidão se espalha e infecta tudo o que existe. A vida se esvai e tudo se acaba, mas o corpo continua em seu ritual de manhãs mal dormidas, cafés derramados, cargas pesadas, carros apressados, dias cheios, pessoas vazias...
Até que tudo tente se renovar, mas que todos caiamos na mesmice novamente.
Corram as mulheres e crianças, pois eu fico e observo o fim. Quem sabe até consiga sorrir de verdade ao vê-lo. E então não morrerei sozinho.

domingo, 30 de setembro de 2012

Ponderando... pelo bem de mim mesmo

Nunca foi tão claro para mim quanto ultimamente que ninguém é totalmente bom nem totalmente mal. Por isso desisti de me tornar 100% bom, e procurei ver como seria se comportar "mal".
É diferente de tudo, mas não me sinto culpado. Não me arrependo de nada do que fiz, e talvez até faria algumas coisas novamente.
Não me compreenda mal. Eu não era o que eu diria "bom" antes de tudo isso. Mas com certeza via o mundo com outros olhos... Com os olhos de quem ainda queria encontrar bondade pura nele.
Agora, simplesmente parei de buscar. Vou fechar os olhos e andar na escuridão, e que tudo se arranje.
Cada momento penso algo de mim mesmo, e sempre digo que mudei. Talvez eu tenha realmente mudado tantas vezes quanto penso, mas logo me acostumo comigo mesmo, e não me considero mais diferente.
O pior de tudo é ainda olhar com olhos de criança e dizer que a pureza está intacta, quando na verdade, por intenção, não há nada intacto (e isso não é algo novo, é algo que se sabe há anos).
Não posso também me perder totalmente no outro lado da estrada. Tenho que pelo menos lembrar o caminho de volta, e talvez até ter alguém do lado de cá para me jogar uma corda, ou pães para me lembrar de quem sou e de onde vim.
O único que não me abandona, não importa a personalidade que eu adote, é o desconforto de viver... De viver sem saber como. O "por que" não importa nesse momento, é mais pelo motivo de ninguém me ensinar a viver. Como saber o que é certo? Como ser feliz? 
Quem souber não me conte... Gosto de buscar e viver em agonia.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Felicidade de mim mesmo.

Estou numa felicidade da qual não entendo nem o nome.
Mal sei o porquê da felicidade, mas sei que ela existe em alguma parte do meu eu. Claro que não choro de felicidade, mas só pelo fato de não chorar por tristeza, já me deixa à beira do mais feliz que posso ser.
Por vezes, coisas tão simples me deixam tão feliz quanto uma criança que recebe seu doce (o que também é, se olharmos bem de perto, uma felicidade simples e frágil).
É uma felicidade que, mesmo sabendo que estou na solidão, ela não me machuca por ora.
Preciso aproveitar esse momento de tamanha felicidade. Preciso ser mais egoísta (se já não o sou), e aproveitar esse momento totalmente meu. Não partilhá-lo. Porque devemos partilhar as tristezas, para que elas acabem logo. Mas que a felicidade fique... Não passe, senão eu morro.
Morro como já morri tantas vezes antes.
Não chegue perto! É frágil e é minha, só minha! Não quero que você a roube. Mesmo que não tenha a intenção de roubar, é sempre assim. Todos acabam roubando-a de mim.
Estou numa felicidade da qual nem entendo o nome. E não pretendo partilhá-la com ninguém.

domingo, 1 de julho de 2012

Por dias ele suspirou por algo que mal sabia o que era.
Tinha, é claro, uma ideia generalizada do amor, e dos seus prós. Ninguém o avisara dos contras.
Ninguém o avisara que, na vida, nunca se ganha por completo, e nunca se fica satisfeito. Muito menos que amar não quer dizer ser amado de volta...
Sua vida passou rápido demais, mais do que todos esperavam.

A Falta

Sinto falta de alguém de quem não sei o nome.
Sinto falta de algo que deveria me completar, mas nunca esteve comigo.
Sinto falta, apenas. Sinto a falta.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sobrevivência

E ela esperou pelo príncipe... a vida toda, esperou.
O dia que o encontrou, ela se perdeu em seus braços, em seus olhos, em seus cabelos. Tudo era tão perfeito, que sonhar por tanto tempo valeu a pena.
Mas, assim como todo sonho, ela um dia acordou, e se viu aprisionada à uma Fera que a mantinha ali... Sempre ali. Olhando para o mundo e suas imperfeições.
Ela gritava por socorro, mas a mão do monstro a sufocava. O mundo a via ali. Mas era ela quem devia salvar o mundo, e não o contrário.
E suas forças? Onde estão suas forças? - Todos perguntavam em uníssono para a moça, enquanto era engolida.
Todos a olhavam e a cobravam. Falavam aos ouvidos que ela parecia ser tão forte e sonhadora uma vez, e ultimamente as olheiras não a deixavam com a mesma convicção no rosto.
Com o rosto ferido e manchado por lágrimas de sangue, ela se viu ainda mais presa à besta, no dia em que uma aliança infindável foi feita.
À partir daquele momento, ela desistiu de lutar, e se dedicou ao que parecia ser importante: Sobreviver.

Viver é só para aqueles que têm coragem e força o bastante. Sobreviver é o que todos acabam fazendo, de uma maneira ou outra.

Nada em mente.

Hoje acordei sem vontade...
Isso mesmo, sem aquela vontade que dá na gente de sair por aí... vivendo.
Queria ficar parado esperando acontecer, mas então descobri que nada acontece quando estamos parados. É como se tudo parasse com você, com sua mente e com seu corpo.
E com a minha falta de vontade, parece que tudo parou em dobro. Tudo a minha volta olhava para mim, como se esperando que eu tivesse alguma iniciativa para começar o dia... Para fazer o dia passar.
E ele não passou... Não passou, assim como nada passou.


Ainda assim vou esperar... Para ver quem é que vai dar o primeiro passo. Afinal, eu não sei andar como os outros parecem andar... Só sei mesmo é esperar.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Coisas que você não sabia. (E Provavelmente não vai ficar sem saber)

Já que esse é o meu diário, vou escrever coisas que ninguém sabe sobre mim.
Vai ser em forma de lista (ou na forma que eu quiser, ok?)
-Não durmo bem à noite. Não sei exatamente por quê; mas sei que realmente não deve ser porque sou a pessoa mais normal, tranquila e menos problemática do mundo (y)
-Não gosto muito de mim. Eu sei que muitos dizem que sou legal, mas a verdade é que, só eu me conheço (bom, eu e o outro eu... Se é que você me entende). Não me acho uma boa pessoa. Na verdade sou muito "self centered", e por mais que eu tente mudar, sempre volto pro mesmo lugar.
-Não me acho bonito. Na verdade, também não me acho feio (ou pelo menos não me achava), mas o fato de ninguém se interessar por mim faz anos me faz acreditar que além de chato e estranho, eu sou "hideously unnatractive".
-Eu tenho falsa modéstia em alguns momentos (não, esse não é um deles)
-Às vezes eu esqueço as palavras em português, e só as lembro em inglês (o que faz as pessoas acharem que eu faço isso só pra mostrar que eu sei falar inglês), mas não é verdade. A verdade é que eu penso em inglês e falo comigo mesmo o dia inteiro em inglês.
-Invento inúmeras histórias quando estou sozinho. Claro que pensando em mim como o protagonista, apesar de eu não conseguir ser o protagonista da minha própria vida real.
-Não acho que eu tenha tanto a ver com a minha família. Não é que não os amo. Muito pelo contrário. Só acho que sou muito diferente deles.
-Nunca escolhi quem eu vou gostar de verdade, e me odeio por isso. Pois sempre "sou premiado" com uma pessoa que nem se imaginaria comigo (e eu, pelo outro lado, já me imaginei feliz para sempre) - Sim, sou precipitado e sonho alto quanto à isso. Por isso a queda é grande. -
-Existem coisas que eu finjo que esqueci e que não aconteceram, mas a verdade é que todas elas aconteceram, eu não perdoei muitas pessoas, e me sinto mal por isso. Se algum dia vou perdoá-los? Duvido que alguém no meu lugar conseguiria perdoá-los totalmente. Sim, estou falando de vocês três. CCL/Y/AND. Algum dia posso até esquecer os nomes de vocês, mas nunca vou esquecer o que vocês fizeram para mim.
-Eu acho que sou diferente de todos (apesar de ser diferentemente igual a todos). Pra mim tudo é estranho. Parece que eu sei menos que todo mundo, sobre tudo. Me sinto perdido no mundo.
-Me sinto solto de tudo e todos, como se eu não pertencesse a lugar nenhum e a ninguém. Como se eu tivesse nascido pra ser sozinho.
-Ainda não me conformei com a ideia de cima. O que me faz lembrar que eu vivo num mundo de conto de fadas, apesar de nem gostar tanto assim de desenhos. Sempre esperei (e talvez sempre vou esperar) por um amor perfeito. Uma pessoa perfeita. Alguém que vai gostar de mim por eu ser quem eu sou.
-Por mais irônico que pareça, apesar de tudo, eu acredito no amor para os outros, mas (apesar da esperança que disse que tenho) também sinto que todos vão encontrar o amor perfeito e serem felizes para sempre, menos eu.
-Essa é provavelmente a parte mais difícil que eu tenho pra confessar: Eu acho difícil acreditar em Deus. Eu tento, juro que eu tento! Eu rezo todas as noites. Só Ele sabe o quanto rezei e pedi por uma coisa. Mas não só por isso... Quando vejo tantas coisas acontecendo com o mundo, todas as pessoas que são ruins, e até eu mesmo! Eu juro que eu tento, mas às vezes eu perco a fé totalmente.
-Me sinto mal no mínimo 2 vezes por semana. Tanto fisicamente quanto psicologicamente. Apesar das pessoas acharem que eu estou normal, eu nunca estou. Sempre tem algo me incomodando (e, "just for the record", nunca é algo relevante... É sempre algo que EU consigo fazer parecer um mundo de coisas, quando na verdade é algum muuuito inútil).
-Eu sinceramente acho que fui abandonado pela minha melhor amiga. Depois que ela começou a namorar, ela não me liga mais, não me procura... Não culpo totalmente o namoro, claro. (Ela não me procurou nem pra contar que tinha terminado o namoro).
-Eu tenho MUITO, mas MUITO medo de falar a verdade pras pessoas que eu realmente gosto. (sim, estou falando de paixão de novo e blá blá blá). Eu nunca vou me sentir "confident" o bastante pra conseguir falar dos meus sentimentos (na verdade, eu fiz isso UMA vez... e acabou tão mal que eu tive que citar o nome da pessoa na parte do "nunca vou te perdoar", mas enfim). Eu sempre acho que é impossível que a pessoa sinta o mesmo por mim (e na verdade, eu sempre estive certo... então você vai realmente tentar me fazer acreditar o contrário? Bom... foi o que eu pensei)
-Essas partes que eu escrevo como se estivesse conversando com o leitor.. eu realmente estou, mas esse leitor está só na minha cabeça (são as reações que eu QUERIA quer ele tomasse enquanto lesse isso).
Bom, acho que não escrevi nem metade... Mas já alivia um pouco, né?