quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ondas

E todos os sentimentos voltam...
Tudo volta e me acerta em cheio, como se eu fosse o alvo principal de uma caçada.
Por quê? Por que hoje? - Eu perguntei.
Ele nunca soube me responder... Porque depois disso, todas as noites foram iguais. Igualmente vazias.
Por dias me perguntei, para nenhuma dessas perguntas achei a resposta.
Bomba, tudo volta, tudo vai.
E aí acaba. Mas será que algo realmente acaba?
Fechar os olhos é acabar para um novo começo.
Ou melhor, apenas um re-começo, que, na verdade, não tem nada de novo.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mais um curta.




Esse daqui, eu recomendo.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Transpondo o tédio?

Algo estranho tem acontecido.
Nada me apetece mais. Já não gosto de mais nada daquilo que gostava, nem das pessoas que me cercam.
Parecem todas frias com seus próprios problemas e isso me deixa doente de nojo... Pessoas cegas e inexatas que vagueiam por aí sem saber para onde vão.
Tudo me cansa. Tudo e todos.
Já não gosto nem de esperar, esperar para ver o que vai acontecer. Isso já não é mais uma opção, porque nada acontece, jamais.
Ouvir coisas de sempre já não me apetece mais, também. Tenho que mudar meu repertório, para algo tão inesperado que todos irão ficar boquiabertos (mas... Desde quando liguei para o que os outros acham?)
Creio que seja algo momentâneo... Totalmente passageiro. Vou dormir e deixar passar.
Mas tenho que aguentar até lá. Essa inexatidão do que eu acho, sinto... Só sei que nada me parece bom. Na verdade, nada me parece nada.
Queria mesmo era ficar sozinho, bem longe de tudo o que conheço. Só para ver o que vai acontecer.
Mas novamente... Nada acontece, jamais.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Lista.

Sempre aprendi de pequeno que devemos escrever nossas resoluções para o ano seguinte quando um ano se acabava.
Nunca o fiz. No início não o fazia por simples preguiça, mas ultimamente foi por pensar "Eu não vou seguir a lista, e no final do ano vou me sentir deprimido por não ter feito nada daquilo que eu queria". Ou coisas do tipo "Eu sei o que eu quero, não preciso de uma lista".
Talvez nunca daria certo para mim porque eu realmente nunca fiz uma. Quem sabe esse ano eu faça, para pelo menos ter um pouco mais de organização, ter tudo ali, pronto, é só fazer. Na ordem que eu escolher.
Ou se deve pré-determinar uma ordem antes do ano acabar?
Fico confuso com essas coisas. Existem tantas regras que mal sei qual seguir.
Mas voltando à lista. O que colocaria nela?
Provavelmente coisas como: "Se apaixonar, estudar muito, ler X livros..."
Sempre me falta a criatividade para coisas do tipo. Difícil para alguém que mal sabe o que quer...
Não sei o que me houve hoje... Acordei sem vida para nada, acho que vou dormir, e quando acordar vou colocar na lista para o ano que vem: "Arranjar mais vida, pois você é morto por demais".

Sobre o nada.

Já nem me lembrava de como gostava de escrever.
Mal sei escrever, quanto menos expressar meus sentimentos.
Na verdade, são poucas as pessoas que sabem exatamente o que sentem, e as que sabem o que sentem, não sabem encontrar as palavras certas para escrever.
Este post não mais um daqueles melancólicos, ou cheios de sentimentos confusos, frases e metáforas. Estou escrevendo isso simplesmente pelo fato de está-lo fazendo. Como um dever à escrita.
Mal sei o que quero da mi nha vida. Ainda não consegui me decidir quem sou, muito menos o que quero, e sinto que ninguém consegue. (Mas sugestões sempre são me dadas quanto a isso. Gostaria de avisar a todos que eu dificilmente encontro alguma que me seja útil. Me desculpe, mas é simplesmente a verdade).
Ainda não achei exatamente o conteúdo desse texto. Ele não tem começo meio e fim como muitos outros que já escrevi. Ele é simplesmente diferente. É estranho não tentar escrever tentando transpor sentimentos gritos e coisas que nem me pertencem. Estou simplesmente deixando minha mão escrever tudo o que penso.
Penso, por exemplo, que fui incomodado pelo telefone já no montante de duas vezes enquanto escrevo.
Penso, também, que a luz do quarto está apagada porque tive muita preguiça de pegar uma escada e trocar a lâmpada, e estou escrevendo no escuro (e demorei para me acostumar a não olhar para o teclado totalmente, o que é irônico, porque mesmo com a luz acesa eu o olho, afinal muitas das letras já estão apagadas pelo excesso de uso).
Penso, também, que não penso em nada. Nada que seja importante o bastante para escrever num texto mais formal.
Mas como este não se trata de um, posso lhes dizer que tenho sono, e que mal dormi esta noite, por ficar com calor demais.
Estranho... Esse ser o texto que me sinto menos inspirado para escrever de todos, e ser um dos maiores que já fiz. Será que é porque o supérfluo é sempre maior que o erudito?
Mas o que escrevo geralmente é erudito?
Bom, pelo menos tem uma linguagem melhor empregada e um assunto bem melhor... Ou será que não? Ou será que todos os meus textos são iguais a este? Sem vida, sem vontade. Totalmente cru. Ninguém o quer devorar - e realmente ninguém o devora...- Talvez seja isso. Sou um escritor de uma nota só.
Mas se isso me incomodasse eu apagaria este texto inteiro e não o publicaria, para que não soubessem do meu segredo.





Depois da tentação de apagá-lo, eu simplesmente decidi que ele não vai me influenciar em nada, já que nasceu do nada. Esse texto é um filho sem pais, quase que criado cientificamente. Não me incomodo com o que ele diz contra mim.

Fim do texto? Mas teve início?
Que decepção.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O fim da história.

E eu poderia mentir pra você dizendo que ele correu atrás de seus sonhos e os alcançou com o esforço.
Que tudo no final valeu a pena, assim como vale a pena para todos.
O final de história é sempre o pedaço em que todos esperam que tudo dê certo, ou que nada de certo por completo.
Mas este caso eu devo lhe dizer, nem a morte teria sido tão trágica. Ele sobreviveu, apesar de ninguém tê-lo percebido depois disso.
Nunca mais.
Esta história não tem fim, porque, afinal, nenhuma história o tem.

A/C: Mundo
De: O Apático.

Perguntas Ocultas, respostas mais ocultas.

...Sempre tive de viver sozinho.
Aprendi sozinho o que é sentir, reprimir, e ter vontade.
Tudo junto?
Tudo junto.
Mas e quando você vai parar de tentar?
Já nem sei mais. Não sei nem se cheguei a tentar algum dia, mas creio que já parei há tempos. Antes mesmo de tudo começar.
Mas quando você vai reparar que não há o que ou quem abandonar?
Sei que posso abandonar somente uma pessoa, e uma coisa. Mas talvez já os tenha abandonado e mal percebi. Os procurarei daqui semanas e lhe direi se os abandonei ou não.
E quando foi que você percebeu que não há jeito de viver?
Não sei quando, não sei como. Só sei que foi. Acordei e vi. Acordei e me lembrei de algo que não estava antes na minha mente, como num sonho, me entende? Mas nunca o havia sonhado, ou melhor... Nunca cheguei a sonhá-lo.
Foi tudo um sonho?
Não sei... Não sei... Só sei que foi real o bastante para me fazer viver assim... Sozinho.
Uma escolha? Ou você acha que não há jeito?
Ora... agora terei de te dar mais de uma alternativa como resposta... Nunca me houve jeito, simplesmente assim. Logo, optei pelo mais óbvio. Vivi sozinho, e viverei para sempre assim.
És imortal para dizeres assim?
Já procurei pela imortalidade, e já me maravilhei com a possibilidade dela, mas não... não o sou. Creio que se vivesse mais um segundo, acabaria enlouquecendo. É melhor deixar assim, desse jeito, até o fim.
Sabes o que dizes?
Nunca soube. Mas creio que entendo tudo o que já disse, os outros é que não me entendem. Nunca fui compreendido por terceiros.
E por segundos?
Os segundos são aqueles que mais me castigaram. Não ligo de abandoná-los.
Cansa-se da vida?
Todas a vezes.
E do mundo?
Jamais me cansei de algo mais do que me canso dele. Não sei se há salvação, mas sei que ela ainda não foi encontrada.
Você faz diferença?
Não creio que alguém acabe fazendo, no final das contas. Mas se fosse para alguém fazê-la, não seria eu, muito provavelmente...

Amor Cru

Curta que eu achei muito digno. Retrata a história muito bem, e tem um final um tanto inesperado (pelo menos pra mim). Me chamou a atenção, e me deixou um tanto triste, MAS, o que não nos deixa triste nos últimos tempos, certo?