sábado, 12 de outubro de 2013

Do nada ao nada

Sinto dentro de mim uma desesperança que não me esvai.
Não importa o quanto tento manter-me positivo, parece que nada vai mudar
Não porque eu não queira, e nem porque ninguém o queira,
Mas porque tudo nasceu para ser para sempre assim

A falta de amor ainda me deixa sem fôlego
Tanto da minha parte quanto do mundo.
A sede por um simples trono que só está acima de cabeças baixas e vazias...
A indiferença do mundo quanto ao mundo...

Mas que culpa temos nisso tudo?
Isso é tudo o que nos ensinaram
Nossos pais e nossas mães,
Se estamos errados, eles todos também estiveram
E tudo isso foi só um grande engano,
Mas que nunca vai ter conserto.

sábado, 27 de julho de 2013

Estou virando adulto...?

Há quanto tempo não escrevo aqui? -Muito-
Não tenho nada de mais para escrever, muito menos algum texto mais depressivo, ou alguma história contagiante. Nada.
Só dou notícias de que estou bem, e que as coisas têm estado melhor que os planos, o que é fantástico.
Ainda não me contento com o mundo, com as pessoas e nem comigo mesmo, mas pelo menos meu caminho para os próximos (poucos) anos está traçado, e sou muito grato por isso.
Comecei a estudar a língua Francesa, e logo começarei a estudar o Espanhol.
Descobri nas aulas de Francês que estudar uma língua (desde seu vocabulário e sua etimologia até as partes mais incríveis da gramática) me encanta muito mais do que eu pensava. É realmente esse o rumo que quero para a minha vida.
Quanto ao mundo: O Brasil acordou, foi dopado, voltou à dormir, e talvez daqui algum tempo consiga acordar de novo (assim esperamos). Mas ainda assim, ficou no ar o que o povo pode fazer se realmente quiser e se dispor de mudar as coisas! Só nos resta não ficarmos sentados olhando as coisas mudarem (ou não mudarem, e simplesmente reclamarmos).
Relacionamento: Nice try (Y)
In a nutshel, fiquei muito tempo longe, e talvez isso tenha secado um tanto tudo aquilo que eu tinha dentro de mim e precisava transbordar.
Mas é sempre bom saber que posso voltar. Que meu "caderno" vai estar sempre aqui.

E vamos voltar para a vida real. Está começando a ficar boa.

domingo, 24 de março de 2013

Sobre o Errado

Não é questão de ser punido ou não. Não chega nem a ser questão dos outros saberem ou não.
O que é errado é errado em qualquer circunstância.
Mesmo que todas as pessoas o façam, não o transforma em certo.
Mesmo que ninguém esteja vendo, o que é errado permanecerá sendo errado, e não há discussões sobre isso.
Enquanto considerarmos atos condenáveis "não errados" por motivos de própria conveniência, esse país não vai pra frente.
Lembrando que não precisamos nem pensar no "proibido ou não", e sim na consciência de nossos próprios atos.

Só um lembrete (de indignação?).

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013


*Whispers* - "We're still gay".

Sobre o medo.

O medo do escuro não me fez desejar que o escuro deixasse de existir. Ele existia, eu o evitava, mas tinha plena consciência de que ele nunca deixaria de estar lá.
Com o tempo, fui me adaptando e hoje aceito o escuro como um velho amigo de infância. Ele até me conforta quando eu preciso dele. Me sinto mal de tê-lo julgado mal há tantos anos, mas ele com certeza não demonstrou nenhum ressentimento, pois já está acostumado com esse tipo de medo. Medo do desconhecido e do que pode surgir de dentro dele.
Inclusive me levou um tempo para descobrir que não era o escuro que eu deveria temer, e sim o que poderia vir com ele. Alguém à espera, algum animal ou um simples susto. Nada daquilo deveria ter existido, mas tive o medo, e não posso negá-lo.
Este foi um dos medos intrínsecos à mim. Nasci com ele, e mesmo assim consegui superá-lo. Talvez por eu tê-lo cultivado sozinho tenha sido mais fácil me livrar dele.
Mas existe também o medo que lhe é alimentado por terceiros, e desses é um tanto mais difícil se livrar. Porque mesmo que você consiga, não conseguirá convencer seja lá quem lhe implicou o mesmo de que não há o que temer. O que aprendemos é bem mais difícil de ser desaprendido.
Desde cedo fui ensinado a ter medo de "gay", seja lá o que fosse.
Se "tornar" um, então, estava fora de cogitação. Algo tão abominável que eu não conseguia nem ao menos dormir à noite por causa desse meu novo maior medo.
Desde sempre soube que, por mais que temesse, havia algo de diferente comigo. Eu não pensava, agia e nem ao menos pensava como os outros. Mas sempre pensei ser possível escolher quanto a isso.
Então sempre me esforcei para escolher o "certo". Sempre me forcei a vigiar meus pensamentos e atos. Qualquer escorregada poderia ser fatal, principalmente para alguém que estava "com a mente em formação".
Esse medo me aterrorizou por anos a fio. Logo não conseguia mais cuidar de mim mesmo, e fui deixando que esse instinto natural tomasse conta de mim.
Ao trocar de ares e pessoas ao meu redor, percebi que não tinha do que me envergonhar. Muitos já haviam sofrido o que sofri, e seus sofrimentos só cessaram quando haviam parado de tentar não ser o que, de fato, eram. Foi quando aceitei e parei de temer.
Parei de ter medo do escuro. Parei de ter medo de ser algo que não é ruim e não há motivo aparente para esse medo ter existido. Somente o fato dele ter sido implantado na minha mente.
Não havia por que temer o escuro. Ele nunca me fez nada de mal, e evidentemente era inocente. Também não havia por que temer ser o que sou, afinal, mesmo sendo o que muitos condenam, eu nunca fiz real mal à alguém, e nem faria. E se o fizer (assim como acredito que muitos como eu, podem fazer) não tem nada a ver com o que sou, e sim com outros aspectos.
As pessoas (e eu sou uma delas, então não me excluo ao dizer isso) tendem a temer o que não conseguem compreender ou o que não conhecem. Têm medo de que tudo mude. Preferem viver no conformismo que o mundo tem vivido por tantos anos.
Passe a olhar à sua volta. Veja como tudo é muito mais simples do que parece ser.
Não há o que temer, se você realmente abrir seus olhos e deixar que o medo se vá.

Sobre o Silas Malafaia (e na verdade, sobre todo e qualquer líder de qualquer religião que compartilhe de suas ideias)

Não é o que ele pensa o que me preocupa. Nem mesmo quem ele influencia. Ideias e opiniões nunca chegaram a me ferir.
O que acho mais imperdoável é semear esta grande mensagem de ódio em locais onde o amor deveria ser, mais do que em qualquer outro local, celebrado. Onde pessoas deveriam falar em ajudar outras pessoas. Onde seres humanos deveriam simplesmente praticar o ato de respeito entre outros seres humanos, tal qual com todo o mundo.
Acho incrivelmente terrível que essas ideias sejam espalhadas e semeadas em locais onde pessoas, as quais são condenadas, buscam conforto, compreensão e palavras que façam o medo passar. E, ao invés, encontram ódio e pessoas dizendo que o que elas são (e não importa o quanto tentarem, não vão mudar. Não vão mudar de modo algum, porque ninguém consegue mudar o que é. É como tentar mudar de cor, de alma...) é condenável, passível de exilamento na eterna danação.
Essas pessoas, de uma forma ou de outra, vão ser reprimidas, não vão poder amar, não vão conseguir ser felizes e vão viver o resto de suas vidas num simulacro da felicidade e da vida.
É simplesmente injusto alguém decidir por você se você pode ou não viver como os outros. O que há de determinante? Quem realmente pode dizer o que é certo ou o que é errado?
A sociedade vem se adaptando a tantas mudanças (felizmente, é claro). Como não vamos aceitar algo que, desde sempre, é tão natural? Por puro e simples medo? Medo de mudar demais?
O mundo não vai parar, nem girar em sentidos contrários se você simplesmente deixar de importunar pessoas que precisam da sua ajuda.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Acabou?

Estranho é quando você sente o maior e mais forte sentimento que já pôde sentir por alguém, e depois de algum tempo ele se esvai.
Tudo se esvai com o tempo, tudo acaba e tudo morre, isso é um dos elementos de tudo o que é vivo. Se o sentimento é vivo, elementarmente ele se esvairá com o tempo.
Mas e quando o tempo é curto demais? O que se deve fazer?
Provavelmente em alguma parte do ser ainda existe algo, tão pequeno pedaço, tão desprezível e destruído, mas ainda assim algo.
Pequeno demais para continuar. Não há mais nada pelo que se lutar. Talvez nunca houve, e tudo foi uma impressão passageira.
Talvez a vida é que seja longa demais, e tudo o mais é curto demais comparando a ela. Tudo acaba rápido demais, e a vida continua até o fim dos tempos.
Algo diferente de tudo o que já houve antes: Não estou em agonia. Muito menos em tristeza profunda. Mal encontro inspiração para escrever sobre isso, porque tem tão pouco significado que quase passo a não me importar com esse espaço que ficou em minha mente, em meu corpo.
Claro que vontades prevalecem, mas elas são fáceis e rápidas de sanarem. Ou devem ser...
A única coisa que me fica é o medo.
O medo de magoar alguém que já foi tão bom comigo.
O medo de nunca mais encontrar algo assim, e morrer na vontade.
O medo de, na verdade, o "algo" ser maior do que eu imaginava ser.
O medo de nada nunca dar certo, e tudo sempre acabar muito antes da vida.
Porque a vida é muito longa para quem não ama.

Ler ou não ler? Eis a questão.

E um dia lhe disseram o que deveria ler...
Mas não fazia sentido, e ele não conseguiu até agora entender por que ler somente aquilo.
Afinal, a leitura não lhe serviria como fuga? Então por que ler somente o que é, em sua essência mais profunda, realista? Não que não fosse bom o fazer, mas fazer somente isso?
Qual o problema de ler sobre assassinatos? - Eles são muito violentos, e nunca é bom ler sobre eles; lhe diziam. - Mas é mentira. Já que eles não fazem parte de sua vida, muito menos de sua ideologia, nada melhor que ler sobre eles para entendê-los melhor, e até mesmo para lhe criar histórias incríveis, mesmo que mórbidas, em sua cabeça.
Ele nunca entendeu por que tentavam censurá-lo. Era sempre assim.
Chegou a ler muitas vezes peças bem mais realistas, e todas eram satisfatórias. Mas por que se prender à elas? Não seria melhor ter a maior expansão de repertório possível?
Não é sempre que o mundo vai estar pronto para te apresentar algo tão agradável, e nem tudo é como todos querem.
Ler aquilo que o satisfaria? Mas é claro que o fazia, afinal, ler o satisfazia. Sempre o fez. Mas limitar-se? Por quê?
Como ele nunca entendeu, logo se considerou simplesmente diferente, - talvez ele viesse das dimensões e planetas que condenavam - continuou lendo o que quisesse, e considerou os outros mais sábios, por terem o poder de escolher à dedo o que queriam ler.
Talvez não fosse sábio, mas não era limitado.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Conversa Entre Amigos. Sobre um passado (um tanto) distante.


GAAAA!(Gail para os não-íntimos)
Tive um "memory insight" enquanto jantava! Fiquei olhando para os talheres, comento miojo... Aí lembrei de um acampamento que fui quando tinha 6 anos...
Acredita que com isso, lembrei também que tive minha primeira paixãozinha "recíproca"? 
Fiquei tanto tempo sem pensar naquele acampamento, que logo já estaria apagado da minha cabeça...
Meu pai disse que eu tinha 5 anos, mas eu acho que tinha 6... não lembro direito, e não consigo achar as fotos e documentos do passeio =/
Era um menininho bem branquinho, com carinha de tadinho. Lembro que ele não queria ir ao acampamento sem a mãe dele.
Ele era 1 ano mais novo que eu. Tinha medo de dormir sozinho... Aí eu pedi para o "tio" do acampamento pra colocar a cama dele perto da minha, pra eu cuidar dele enquanto ele dormia
A gente andava juntos o tempo todo, quando estávamos por lá. E sempre de mãos dadas.
Tinham uns meninos babacas lá que ficavam sempre rindo da gente, mas eu nunca entendi por quê.
Mas um dia meu primo (que foi no acampamento também... e ele andava com a turminha que ficava rindo aos cantos) veio até nós dois, separou nossas mãos, me chamou no canto e disse: Vocês podem ser amigos, mas amigos não andam de mãos dadas!
Essa é a última coisa que consigo lembrar do acampamento... Não lembro do nome do menino, nem como ele era de rosto mesmo... Só lembro dos olhos azuis e pele bem clarinha... E carinha de coitadinho, porque eu lembro de ter vontade de cuidar dele.
Sei que é muita coisa pra você ler, e não é tão interessante... Mas é que tinha que compartilhar esse "Insight", rs

Resposta:
Como é muita coisa e não interessante??!! Tá doido?!!
Que lindo isso, Dodôo!! Queria MUITO ver fotos!
Será que você não tem escondidinhas em qualquer canto?
Não dá vontade de nos assistir no passado?

Não te deu vontade de estar nesse acampamento com a idade de agora e assistir a cena?? Awwwww 

Que FOFO!!!!!

Eu Novamente:
Totalmeente! Mais que tudo, eu queria encontrar esse menino. Eu sei que ele vai estar mega diferente e, provavelmente ele não lembra de nada... Mas queria ver como ele está agora.
To procurando feito louco... eu lembro até de como é a pasta dos documentos e fotos... mas não acho de jeito nenhum.