quinta-feira, 2 de julho de 2015

La canción del corazón

Una canción que ni mismo existe no me sale de la cabeza...

Es algo asi:
"Mi corazón ha requete cambiado
desde el día que te fuiste."

Es una parte pequeña, pero creo que es la más verdadera de todas.

domingo, 12 de outubro de 2014

Passa(n)do

Um só olhar no espelho. Meu olho encontra o que não sabia que sou, mas o que com certeza achava que era. Uma só lágrima derrama ao rosto, enquanto minha voz aumenta de maneira ensurdecedora. E então seguem as lágrimas do rio.
Nunca cantei tão bonito quanto nesse momento. As lágrimas, ao invés de bloquearem minha garganta como geralmente fazem, fizeram com que minha dor saísse pela boca. Um só grito. Uma só canção.
Sabia que outros estavam ouvindo, mas não havia problema. Nenhum poderia entender o que passava naquele momento. Todos se perguntariam o que havia acontecido com a criatura que gritava. Eu as responderia que cantava como sempre cantei, mesmo sabendo que não acreditariam em mim.
A dor de me libertar da dor é que me fez cantar. Não sei o quanto estou ou não estou pronto para me livrar do passado. Para perpetuá-lo no real passado. Me dói pensar, mas me dói bem mais pensar em não pensar.
Mas agora é momento de secar o rio. Momento de fechar a porta e silenciar o grito. Momento de viver a vida como ela sempre foi. Esquecer faz parte de um processo muito grande de sabedoria.

sábado, 12 de outubro de 2013

Do nada ao nada

Sinto dentro de mim uma desesperança que não me esvai.
Não importa o quanto tento manter-me positivo, parece que nada vai mudar
Não porque eu não queira, e nem porque ninguém o queira,
Mas porque tudo nasceu para ser para sempre assim

A falta de amor ainda me deixa sem fôlego
Tanto da minha parte quanto do mundo.
A sede por um simples trono que só está acima de cabeças baixas e vazias...
A indiferença do mundo quanto ao mundo...

Mas que culpa temos nisso tudo?
Isso é tudo o que nos ensinaram
Nossos pais e nossas mães,
Se estamos errados, eles todos também estiveram
E tudo isso foi só um grande engano,
Mas que nunca vai ter conserto.

sábado, 27 de julho de 2013

Estou virando adulto...?

Há quanto tempo não escrevo aqui? -Muito-
Não tenho nada de mais para escrever, muito menos algum texto mais depressivo, ou alguma história contagiante. Nada.
Só dou notícias de que estou bem, e que as coisas têm estado melhor que os planos, o que é fantástico.
Ainda não me contento com o mundo, com as pessoas e nem comigo mesmo, mas pelo menos meu caminho para os próximos (poucos) anos está traçado, e sou muito grato por isso.
Comecei a estudar a língua Francesa, e logo começarei a estudar o Espanhol.
Descobri nas aulas de Francês que estudar uma língua (desde seu vocabulário e sua etimologia até as partes mais incríveis da gramática) me encanta muito mais do que eu pensava. É realmente esse o rumo que quero para a minha vida.
Quanto ao mundo: O Brasil acordou, foi dopado, voltou à dormir, e talvez daqui algum tempo consiga acordar de novo (assim esperamos). Mas ainda assim, ficou no ar o que o povo pode fazer se realmente quiser e se dispor de mudar as coisas! Só nos resta não ficarmos sentados olhando as coisas mudarem (ou não mudarem, e simplesmente reclamarmos).
Relacionamento: Nice try (Y)
In a nutshel, fiquei muito tempo longe, e talvez isso tenha secado um tanto tudo aquilo que eu tinha dentro de mim e precisava transbordar.
Mas é sempre bom saber que posso voltar. Que meu "caderno" vai estar sempre aqui.

E vamos voltar para a vida real. Está começando a ficar boa.

domingo, 24 de março de 2013

Sobre o Errado

Não é questão de ser punido ou não. Não chega nem a ser questão dos outros saberem ou não.
O que é errado é errado em qualquer circunstância.
Mesmo que todas as pessoas o façam, não o transforma em certo.
Mesmo que ninguém esteja vendo, o que é errado permanecerá sendo errado, e não há discussões sobre isso.
Enquanto considerarmos atos condenáveis "não errados" por motivos de própria conveniência, esse país não vai pra frente.
Lembrando que não precisamos nem pensar no "proibido ou não", e sim na consciência de nossos próprios atos.

Só um lembrete (de indignação?).

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013


*Whispers* - "We're still gay".

Sobre o medo.

O medo do escuro não me fez desejar que o escuro deixasse de existir. Ele existia, eu o evitava, mas tinha plena consciência de que ele nunca deixaria de estar lá.
Com o tempo, fui me adaptando e hoje aceito o escuro como um velho amigo de infância. Ele até me conforta quando eu preciso dele. Me sinto mal de tê-lo julgado mal há tantos anos, mas ele com certeza não demonstrou nenhum ressentimento, pois já está acostumado com esse tipo de medo. Medo do desconhecido e do que pode surgir de dentro dele.
Inclusive me levou um tempo para descobrir que não era o escuro que eu deveria temer, e sim o que poderia vir com ele. Alguém à espera, algum animal ou um simples susto. Nada daquilo deveria ter existido, mas tive o medo, e não posso negá-lo.
Este foi um dos medos intrínsecos à mim. Nasci com ele, e mesmo assim consegui superá-lo. Talvez por eu tê-lo cultivado sozinho tenha sido mais fácil me livrar dele.
Mas existe também o medo que lhe é alimentado por terceiros, e desses é um tanto mais difícil se livrar. Porque mesmo que você consiga, não conseguirá convencer seja lá quem lhe implicou o mesmo de que não há o que temer. O que aprendemos é bem mais difícil de ser desaprendido.
Desde cedo fui ensinado a ter medo de "gay", seja lá o que fosse.
Se "tornar" um, então, estava fora de cogitação. Algo tão abominável que eu não conseguia nem ao menos dormir à noite por causa desse meu novo maior medo.
Desde sempre soube que, por mais que temesse, havia algo de diferente comigo. Eu não pensava, agia e nem ao menos pensava como os outros. Mas sempre pensei ser possível escolher quanto a isso.
Então sempre me esforcei para escolher o "certo". Sempre me forcei a vigiar meus pensamentos e atos. Qualquer escorregada poderia ser fatal, principalmente para alguém que estava "com a mente em formação".
Esse medo me aterrorizou por anos a fio. Logo não conseguia mais cuidar de mim mesmo, e fui deixando que esse instinto natural tomasse conta de mim.
Ao trocar de ares e pessoas ao meu redor, percebi que não tinha do que me envergonhar. Muitos já haviam sofrido o que sofri, e seus sofrimentos só cessaram quando haviam parado de tentar não ser o que, de fato, eram. Foi quando aceitei e parei de temer.
Parei de ter medo do escuro. Parei de ter medo de ser algo que não é ruim e não há motivo aparente para esse medo ter existido. Somente o fato dele ter sido implantado na minha mente.
Não havia por que temer o escuro. Ele nunca me fez nada de mal, e evidentemente era inocente. Também não havia por que temer ser o que sou, afinal, mesmo sendo o que muitos condenam, eu nunca fiz real mal à alguém, e nem faria. E se o fizer (assim como acredito que muitos como eu, podem fazer) não tem nada a ver com o que sou, e sim com outros aspectos.
As pessoas (e eu sou uma delas, então não me excluo ao dizer isso) tendem a temer o que não conseguem compreender ou o que não conhecem. Têm medo de que tudo mude. Preferem viver no conformismo que o mundo tem vivido por tantos anos.
Passe a olhar à sua volta. Veja como tudo é muito mais simples do que parece ser.
Não há o que temer, se você realmente abrir seus olhos e deixar que o medo se vá.